domingo, 24 de dezembro de 2006

Livrar-se do velho para dar lugar ao novo


Fim de ano, momento de reflexão de nossas vidas, análise de nossas atitudes, ponderação de nossas ações, enfim de se fazer um balanço dos últimos doze meses... E principalmente de traçar metas para o próximo ano!
Nesta época, nos damos conta de que pouca coisa mudou. Apesar de conseguirmos alcançar alguns de nossos objetivos, temos a sensação de que ainda falta muita coisa. A auto-cobrança se encarrega de gerar um sentimento de frustração, que faz termos a idéia errada de que tudo continua exatamente igual.
A completa estagnação não é verdade, pois o futuro só pode caminhar para frente. O que acontece é que projetamos nossos desejos em coisas materiais, exteriores e nos esquecemos que devemos começar nossa transformação dentro de nós mesmos.
O feng shui diz que devemos “eliminar o velho e atrair o novo”. Esse princípio se aplica não só nos objetos de nossa casa, mas principalmente em nossa alma. Na verdade temos que nos conscientizar de que não existe uma transformação mágica que fará todos os nossos males irem embora... Temos que mudar nossos padrões e descobrir que a verdadeira mudança ocorre dentro de nós, através da reforma íntima.
· O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, conseqüentemente, da sua felicidade exterior.
· Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.
· O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.
· Por onde começar? Pela auto crítica.
· Como fazer a reforma íntima? Bem .....

Pelo espírito de Cairbar Schutel – “Fundamentos da Reforma Íntima” - psicografado por Abel Glaser.
Desejo a todos um Feliz Natal e Ano Novo
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!

domingo, 17 de dezembro de 2006

Os tormentos voluntários

Concordo com Sartre quando ele diz que estamos condenados à liberdade. Realmente nossos atos, pensamentos e desejos nos guiam pela nossa vida. Isto é, nossa atitude mental traça o nosso destino. "Somos responsáveis por nossas escolhas"... O mesmo ocorre com a inveja. Essa comparação desfavorável de uma pessoa em relação à outra é extremamente nociva! Pois o invejoso desperdiça tanto tempo priorizando a vida alheia, que não percebe as suas próprias qualidades. E o pior, ignora as oportunidades que Deus lhe apresenta. Vive apenas lamentando sua infelicidade em não ser como o invejado.
Este tipo de padrão mental atrai energias - e espíritos - de níveis inferiores. Esta vibração atrapalha e atrasa a vida do indivíduo. E como uma bola de neve, cada vez mais, ele se sente inferior em relação ao seu próximo.
Lembrei de um trecho de uma música do Lulu Santos: "quero mais nada que me desespere só o que me reconforte, alimente, me alimente e reconforte, aí... quero mais nada de que não precise de ressentimento, inveja já chega, inveja e ressentimento, aí... "
Cabe a nós, diante de nosso livre arbítrio, escolhermos o nosso destino... Viver em função do que vemos no outro ou valorizar as nossas qualidades?


"OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS
O homem está incessantemente em busca da felicidade que lhe escapa sem cessar porque a felicidade sem mescla não existe na Terra. Entretanto, malgrado as vicissitudes que formam o cortejo inevitável desta vida, poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa, mas ele a procura nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, quer dizer, nos prazeres materiais, ao invés de a procurar nos prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestes, imperecíveis; em lugar de procurar a paz do coração, única felicidade real deste mundo, é ávido de tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo; e, coisa singular, parece criar propositadamente tormentos que não cabe senão a ele evitar.
Haverá maiores tormentos que aqueles causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento não há repouso; estão perpetuamente em febre; o que eles não têm e o que os outros possuem lhes causam insônia; os sucessos dos seus rivais lhes dão vertigem; sua emulação não se exerce senão para eclipsar seus vizinhos; toda a sua alegria está em excitar nos insensatos como eles a cólera do ciúme de que estão possuídos. Pobres insensatos, com efeito, que não sonham que talvez amanhã lhes será preciso deixar todas essas futilidades cuja cobiça envenena sua vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”, porque seus cuidados não são daqueles que têm compensação no céu.
De quantos tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe se contentar com o que tem, que vê sem inveja o que não tem, que não procura parecer mais do que é. Ele está sempre rico porque, se olha abaixo de si, em lugar de olhar acima, verá sempre pessoas que têm menos ainda; é calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas, e a calma no meio das tempestades da vida, não será felicidade?" (Fénelon, Lyon, 1860). O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo V, item 23.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Fora da caridade não há salvação!


Hoje recordei de uma certa noite em que me questionava quem seria o detentor da verdade. Pairavam em meus pensamentos diversas dúvidas. Num mundo tão cheio de "novas" vertentes, pseudomodismos e releituras religiosas, me afligia esta interrogação: afinal, onde está a verdadeira salvação? Ou o mais grave, o que aconteceria com aqueles povos que não tiveram a oportunidade conhecer a palavra do Mestre Jesus?!
E procedi como de costume nos momentos em que me sinto aflita, ou que percebo a presença dos "amiguinhos" de pouca luz... Fiz uma prece e busquei respostas no Evangelho. Qual não foi minha surpresa ao me deparar com esta passagem: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO! No mesmo instante comecei a sorrir. Todas as minhas inquietações sumiram...
Então compreendi que mais que importante que dogmas, rituais, templos, etc são as nossas atitudes. Não há caminho mais correto e iluminado que o da caridade. Principalmente nas nossas ações diárias, com as pessoas que nos cercam no nosso dia-a-dia.

"O MAIOR MANDAMENTO
Mas os Fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos Saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, veio lhe fazer esta pergunta para o tentar: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis aí o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo, que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (São Mateus, cap. XXII, v. de 34 a 40).

Caridade e humildade, tal é, pois, o único caminho da salvação; egoísmo e orgulho, tal o da perdição. Este princípio está formulado em termos precisos nestas palavras: "Amareis a Deus de toda a vossa alma e ao vosso próximo como a vós mesmos; toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos." E para que não haja mais equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, ajunta: "E eis o segundo mandamento, que é semelhante ao primeiro"; quer dizer, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus; portanto, tudo que se faz contra o próximo, se faz contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO". O Evangelho Segundo o Espiritismo/Cap XV (Itens 3 e 4)