domingo, 24 de fevereiro de 2008

E aquele adeus não pude dar...


Não sei por que você se foi
Quantas saudades vou sentir
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar
Você marcou a minha vida
Viveu morreu na minha
história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate
E eu gostava tanto de você...
Gostava tanto de você...
Eu corro e fujo destas sombras
Em sonhos vejo esse passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver para não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você
E eu gostava tanto de você...
Gostava tanto de você...

Gostava tanto de você - Edson Trindade

Essa semana fez um mês que ela se foi... Mesmo assim, ainda não consegui me acostumar com a idéia. Tenho a sensação de que ela ainda está aqui, presente neste plano. Parece que o telefone vai tocar a qualquer momento com ela me ligando... Acordo no meio da noite com uma sensação de angústia, uma dor no peito, não consigo acreditar.

Ela era meu porto seguro, minha base, meu chão... Uma figura sempre muito marcante em minha vida, em todos os momentos, em todas as fases. Agora, simplesmente parece que estou sem rumo, sem direção, sem um lar... Eu amava demais a minha avó!

A partida dela foi muito inesperada. Eu acreditava que ela estaria sempre ao meu lado. Eu acreditava que ela passaria dos 100 anos. Racionalmente nós até sabemos que um dia, pela lei natural das coisas, vai acontecer... Mas será que alguém se prepara, cria uma estrutura pra suportar? Bom, sei que eu não me preparei. Nunca, nem em pesadelo, pensei em passar por este sofrimento... Eu acreditava que minha avó era eterna.

Apesar de conhecer alguma coisa do Evangelho, alguma coisa da Doutrina, ainda assim não encontrei paz no meu coração. Nada abranda. Sei que minhas lágrimas atrapalham o desprendimento dela da matéria, mas não consigo evitar... Choro em todos os momentos em que meu pensamento se volta para ela. E quantas lembranças eu tenho! Parece que essa dor nunca vai ter fim!!!