Depois de um tempo ausente, resolvi voltar aos meus posts neste blog. Já havia definido o assunto e buscava textos relacionados ao tema no "Grande Pai Google". De repente surgiu uma vontade inexplicável de pesquisar sobre o Lar de Frei Luiz. E como acredito que devemos respeitar estes momentos de intuição, pesquisei e surpreendentemente me deparei com uma acusação que me deixou estarrecida!!!
Para quem não conhece, o Lar de Frei Luiz, ou mini-cidade do amor, é uma instituição carioca que mais que um Centro Espírita que auxilia centenas de seres, encarnados e desencarnados, nas reuniões públicas semanais nas noites das quartas-feiras e quinzenais aos domingos pela manhã, também acolhe menores em 11 casas-lares, abriga idosos na Casa de Felipe e presta atendimento no Hospital Holístico Dr. Lauro Neiva.
Freqüentei o Lar há alguns anos, a princípio como "paciente", buscando atendimento espiritual. Lembro até hoje a primeira vez que coloquei meus pés na Estrada da Boiúna. A energia daquele lugar é indescritível!. O Rodriguinho, médium que me atendeu na primeira consulta e que depois tornou-se um grande amigo, fez o convite para participar da Mocidade de Frei Luiz. Após algumas reuniões, resolvi conhecer o Grupo Jovem. Nesse momento o meu envolvimento com a Casa foi tão intenso que cheguei a me mudar de Copacabana para Jacarepaguá, para estar mais próxima ao Frei. Logo em seguida passei a auxiliar na Evangelização das crianças que acompanhavam os pais nas reuniões públicas nas Quartas e Domingos, participava da Mocidade aos Sábados, Educação Mediúnicas nas Terças e sempre me oferecia como voluntária em qualquer atividade que precisassem de ajuda: recreação das crianças internas, leitura para os idosos, sopão, etc. O ingresso na vida espiritual geralmente tende a ser exagerado, e só com o tempo aprendemos a dosar a medida certa.
O importante é que nestes anos em que me doei ao Lar Frei de Luiz recebi muita coisa
Mas voltando ao assunto do meu achado no Google, quero que fique bem claro que conheço e muito bem o Lar de Frei Luiz.
Então, vamos aos fatos. Na página do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, intitulado de "o site oficial do Pe. Quevedo" há um determinado artigo que explana sobre curandeirismo, e trás uma foto do Lar de Frei Luiz durante uma reunião pública com os seguintes dizeres: Mais uma lucrativa associação de curandeiros espíritas disfarçada, para mais enganar, sob nomes cristãos: “Cenáculo espírita CRISTO CONSOLADOR do centro espírita irmãos de Frei Luiz”.
Apenas para elucidar, a revista Isto é no artigo Intervenção do mundo dos mortos explica que no lar o "interessado não desembolsa um tostão. A não ser que compre algo na cantina ou na livraria, recursos que engrossam o orçamento mensal de R$ 120 mil, obtido sobretudo de doações voluntárias".
No site www.lardefreiluiz.org.br há o esclarecimento "Como recebemos pouca ajuda do governo, nosso apoio financeiro vem de: trabalhos comerciais executados no nosso Centro Gráfico a custo baixo; doações; contribuições mensais de pessoas caridosas; venda de livros na nossa livraria, venda de objetos doados
Em todos os anos em que freqüentei o Lar de Frei Luiz, em nenhum momento testemunhei qualquer cobrança em espécie para os atendimentos prestados a pessoas que buscam auxílio físico e/ou espiritual. Muito pelo contrário, sempre observei que todos são tratados como irmãos, independente de sua classe econômica.
A nossa Constituição Federal, em seu art. 5º, protege a liberdade de expressão e veda qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. No entanto, neste mesmo artigo declara a inviolabilidade de crença, ou seja, assegura a liberdade de culto. E mais que isso, em qualquer lugar do mundo, a ética versa que não se deve apresentar falsas acusações a uma instituição sem conhecê-la.
Acredito que esta situação nos leva a repensar quando em alguma situação fazemos falso julgamento dos nossos semelhantes. O mandamento é bem claro. "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo".
Fiquem todos com Deus, inclusive o Pe. Quevedo!