domingo, 1 de abril de 2007

Perdoais as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido



"Perdoais as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". No meu ponto de vista, está é frase de maior força do Pai Nosso. Pois, como é fácil utilizar dois pesos e duas medidas para situações semelhantes! Mais fácil ainda é enxergar apenas os erros dos outros, sem voltar os nossos olhos para dentro de nós mesmos. Ressaltar os deslizes alheios, sem ao menos tentar aparar nossas próprias falhas...
Esta semana escolhi como tema do Evangelho "O argueiro e a trave no Olho", que faz parte do Capítulo X - Bem-aventurados os que são misericordiosos.
Fiquem todos com Deus!

O argueiro e a trave no olho
"9. Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? - Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? - Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)

10. Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exaltaria? Por isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso." (O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo X - itens 9 e 10)


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