domingo, 24 de janeiro de 2010

Perdão das Ofensas




"Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia."
(S. MATEUS, cap. V, v. 7.)

Estou me recuperando de um ataque. Fui alvejada pela inveja de uma colega. Não utilizarei este espaço para narrar os artifícios utilizados, nem os danos causados. Mas o "x" que me leva a abrir este tópico é a obrigação que todo cristão tem de perdoar seus agressores. A difícil arte de perdoar!!!
A minha primeira reação, ao saber do ocorrido, foi de não acreditar. Mas depois que me conformei com o ocorrido, me peguei questionando de como seria a minha reação ao encontrar com esta pessoa. Confesso que pensei em dizer “poucas e boas”. Mas depois do sangue esfriado e as idéias devidamente ventiladas, conclui que um combate direto não me levaria a lugar algum. Muito pelo contrário, me contaminaria com a energia dela, ou seja, me colocaria no mesmo nível. Sabemos que este não é o caminho certo, pois vibrar no mal só o faz aumentar.

Buscando o tema na codificação espírita, temos no Capítulo X do O Evangelho Segundo o Espiritismo, a mensagem a seguir:

“15. Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: "Nunca perdoarei", pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tomardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos dementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.

Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe perdôo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: "Perdôo" e acrescentam. "mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. - Paulo, apóstolo”. (Lyon, 1861.)


Fiquem todos com Deus!




sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Flagelos destruidores


Quando nos deparamos com grandes fatalidades, como as decorrentes das chuvas no início do ano que vitimou dezenas de pessoas em Angra dos Reis, ou do terremoto na última terça-feira, dia 11/01, ocorrido no Haiti, o país mais pobre das Américas, que matou dezenas de milhares de pessoas, nos questionamos quanto aos motivos determinantes de tal sina. Não há como meditar sobre este tema sem buscar respostas em causas determinantes vividas em outras encarnações. No Livro dos Espíritos, em suas questões 737 a 741, que tratam dos flagelos destruidores, aborda o assunto:

Flagelos destruidores

737 Com que objetivo os flagelos destruidores atingem a humanidade?

– Para fazê-la progredir mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? É preciso ver o objetivo para apreciar os resultados dele. Vós os julgais somente do ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que ocasionam; mas esses aborrecimentos são, na maior parte das vezes, necessários para fazer chegar mais rapidamente a uma ordem de coisas melhores e realizar em alguns anos o que exigiria séculos.


Vale a pena refletir sobre o tema. Fiquem todos com Deus!